A derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais representou uma grande vitória para toda a comunidade LGBTIA+. Contudo, seus seguidores continuam propagando suas ideias preconceituosas e alguns deles foram eleitos para o Congresso Nacional, como Damares Alves, Nikolas Ferreira e Hamilton Mourão.
A perseguição às LGBTIA+ não é uma novidade. Durante a Ditadura Militar de 1964, muitas foram torturadas, violentadas, internadas em manicômios e assassinadas. A impunidade de ontem gera a violência de hoje. Essas violências se tornam cotidianas em casa, na escola, na rua e na universidade.
De acordo com pesquisa da Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AERJ), 67,8% dos estudantes LGBTIA+ afirmam já ter sofrido ou presenciado algum tipo de agressão em razão de sua sexualidade ou gênero. Outro levantamento, feito pela Rede Nacional de Pessoas Trans, aponta que 82% das pessoas trans são obrigadas a abandonar os estudos entre os 14 e 18 anos. Isso significa que a esmagadora maioria da população trans e travesti sequer ingressa em uma universidade no Brasil.
Por isso, é dever do movimento estudantil lutar pela implementação de cotas para pessoas trans nas universidades e por políticas de permanência para atender pessoas LGBTIA+. É necessário o desenvolvimento de programas que visam o acolhimento, o monitoramento socioeconômico, o combate à violência e promoção de saúde mental dessa comunidade. Esses avanços só serão possíveis com muita organização popular e luta coletiva.
Não queremos apenas existir. Queremos amar, ser, estudar, trabalhar, morar e viver com dignidade!
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