Segundo pesquisa publicada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi morta no Brasil a cada 6 horas em 2022. Ao todo, foram 1.410 mulheres assassinadas pelo fato de serem mulheres.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 33,4% das brasileiras com 16 anos ou mais sofreram violência física e/ou sexual de seu parceiro íntimo ou ex-parceiro, um número bem maior que a média mundial de 27%.
Além da violência física, somos vítimas de variados tipos de assédio e abuso sexual nos espaços de ensino. É comum estudantes mulheres serem expostas nas salas de aula, nos espaços livres, nos banheiros e em todos os locais da universidade. De fato, 67% das universitárias afirmam ter sofrido algum tipo de violência no ambiente acadêmico.
As mulheres universitárias representam 57,2% das matrículas em instituições de ensino superior no Brasil, mas são poucas as que possuem auxílios específicos para seus filhos e que garantam segurança nos espaços de ensino. As mulheres também são minoria no ingresso nos cursos de Exatas, na pós-graduação e na publicação de artigos científicos. É preciso mudar essa realidade com incentivos, programas específicos e assistência estudantil, que tem papel essencial nesse processo.
O Correnteza luta nas universidades do país inteiro, ao lado do Movimento de Mulheres Olga Benario, pelo amplo acesso à educação, pelo fim do assédio nas universidades, fim da segregação por machismo nos espaços de pesquisa, pela construção e ampliação das creches universitárias e por moradias estudantis com estrutura segura para mulheres mães. É assim que vamos pôr cada vez mais mulheres nas universidades!
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