Vivemos uma grande crise ambiental, fruto da ganância desenfreada dos grandes capitalistas, que utilizam de forma destrutiva os recursos naturais. O governo fascista de Bolsonaro foi um promotor da destruição ambiental no Brasil. O genocida desqualificou as pesquisas universitárias, interveio nos órgãos reguladores e espalhou fake news.
Foram 4 anos de defesa dos interesses do agronegócio, do latifúndio e dos garimpeiros, em detrimento do meio ambiente e da vida dos povos originários. O resultado foi o genocídio promovido contra o povo Yanomami, as queimadas no Pantanal e um aumento de 60% no desmatamento da Amazônia.
Não satisfeitos, a maioria reacionária de deputados e senadores tenta dificultar ainda mais a demarcação das terras indígenas por meio da aprovação do Marco Temporal. Essa medida define que só podem ser demarcadas terras ocupadas pelos indígenas até 1988. No entanto, diversos povos foram expulsos de suas terras antes e depois dessa data. Logo, esse critério não é justo.
Além dos danos causados aos povos indígenas, a mineração desenfreada também matou 270 em Brumadinho e provocou enormes danos ao ecossistema. Outra consequência do descaso com o meio ambiente e pela falta de ação dos governantes são as enchentes que impactaram milhares de famílias. Apenas em 2022, foram 478 mortes em decorrência de chuvas e enchentes no Brasil. Essas mortes não são catástrofes e tragédias, são crimes cometidos em nome do lucro.
Em meio a esse cenário está em debate a abertura de novas áreas de exploração de petróleo no Brasil, inclusive no Amazonas. É verdade que precisamos garantir nossa autonomia energética, mas também é verdade que precisamos ter um plano de transição para fontes de energia limpa, que resguarde o meio ambiente.
É urgente o uso consciente dos recursos naturais, o investimento em energias renováveis, o incentivo a uma agricultura de baixa emissão de carbono, o consumo de alimentos sem agrotóxicos, etc.
O movimento estudantil tem o papel de lutar pela reforma agrária, pela ligação das universidades públicas com a agricultura familiar, pela defesa e proteção da natureza, pelo fim da destruição de florestas, pelo estabelecimento do controle popular sobre a Amazônia e a expulsão de todos os monopólios estrangeiros da região, pelo fim dos garimpos ilegais e pela demarcação e posse imediata de todas as terras indígenas!
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