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GOLPISTAS E GENERAIS CABEM NA LUTA PELA DEMOCRACIA?


Nesta última semana foi divulgado nas redes sociais a construção do Direitos Já! Fórum pela Democracia e a elaboração de um manifesto para discutir as questões programáticas relativas ao momento conjuntural que estamos vivendo. Esse espaço que foi realizado no dia de hoje, 26/06, com a representação de figuras importantes da política brasileira e outros nomes que no último período tiveram papel destacado na criação de um cenário de instabilidade política no país, como Michel Temer com o golpe de 2016, retirando direitos do povo trabalhador, aplicando uma agenda neoliberal na economia, favorecendo ao mercado financeiro e a própria agenda de privatizações continuadas por Bolsonaro. Além da presença de figuras que participaram diretamente do governo Bolsonaro, como General Santa Cruz, influente general que faz parte do mesmo setor que tem repetidas vezes ameaçado nossa democracia, como nos casos de corrupção do Governo e a própria memória do golpe de 1964, deixando claro várias vezes a possibilidade de um golpe em nosso país.


Infelizmente neste ato esteve presente o Presidente da UNE, Iago Montalvão, falando em nome da entidade, participação essa que não passou pela decisão da diretoria executiva da entidade. A participação de Iago não representa a participação da UNE, já que para nós estar nesse espaço significa um desserviço a luta popular e no combate ao fascismo, já que no próprio manifesto não se faz um enfrentamento explicito a Bolsonaro e seus aliados, não cita nada sobre o crescimento do fascismo representado nas políticas do governo, a própria conciliação com os setores militares, sem evidenciar o papel que a polícia tem cumprido na violência de estado e nas mortes de jovens negros durante essa pandemia. Fica nítido o rebaixamento do programa para conciliar com os setores da burguesia brasileira no que trata o tipo de democracia que defendemos, na tentativa de unificar esses setores.

A UNE sempre foi protagonista dos principais momentos de luta no Brasil, tendo seu referencial na luta contra o nazifascismo na década de 40 e no próprio enfrentamento a ditadura militar que matou e torturou seus dirigentes, setor esse idolatrado por este governo fascista. Chegamos em 55 mil mortes ocasionadas pelo Covid-19, fruto da política assassina de Bolsonaro e Guedes, e temos 40 milhões de trabalhadores informais e mais de 20 milhões de desempregados, que não sabem como ficará seu futuro frente às indefinições do auxílio emergencial de R$600, deixando o povo trabalhador a sua própria sorte.


Diante da atual conjuntura defendemos que nossa aliança prioritária deve ser com a juventude brasileira, em especial com os jovens trabalhadores e todos aqueles que apresentam um verdadeiro compromisso com as lutas e reivindicações das classes populares. Reforçamos a importância de participação da entidade dos estudantes nas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, e no Fórum Sindical Popular e de Juventude. Assim como o apoio às ações auto-organizadas pelos movimentos comunitários e populares, que articulam a luta pela garantia dos direitos sociais com solidariedade, contrariando a postura do atual governo que prioriza o lucro antes da vida.


Nesse sentido os movimentos que compõem a UNE e seus diretores, repudiam qualquer tentativa de participação e alinhamento com setores golpistas e que colaboram com essas políticas antipovo de total destruição de nosso direitos, e que somente venceremos este governo fascista estando em conjunto dos movimentos sem-terra, dos movimentos de moradia, dos elementos progressistas das torcidas organizadas, dos partidos e organizações populares, as organizações indígenas, os movimentos e coletivos negros, sindicatos, movimentos de mulheres e LGBTT que estarão na frente desta batalha lutando de fato pela sociedade que queremos e na defesa da vida e do povo!

Fora Bolsonaro e Mourão!

Em defesa das liberdades democráticas! Impeachment já!

Por um governo popular!


Assinam este documento:

Movimento Correnteza

Movimento por uma Universidade Popular (MUP)

Gabryel Henrici - Secretário Geral da UNE

Maria Carolina - Diretora de Relações Internacionais

Thais Mátia - Vice Minas Gerais

Isis Mustafa - Diretora de Mulheres

Victória Pinheiro - Diretora de Políticas Educacionais

Mateus Henriques - Diretor de Universidades Públicas

Sarah Domingues - Diretora de Relações Internacionais

Felipe Amaro - Diretora de Universidades Públicas Victor Hugo - Diretor de Assistência Estudantil

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