Não é de hoje que se estende a luta por um R.U de qualidade na Universidade do Estado do Pará (UEPA). Desde o semestre passado os discentes do CCCE vêm denunciando a falta de jantares pela parte da noite no espaço. Com preços abusivos chegando até duas vezes o preço regular encontrado em supermercados, os demais alimentos vendidos no RU do centro são praticamente inacessíveis para uma grande parcela dos estudantes pobres e trabalhadores.
Em reunião com a reitoria e a empresa foi esclarecido que o RU não estava operando de noite pois, para reduzir custos no contrato, não foi acordado a oferta de janta para o turno da noite, nas reuniões seguintes, os discentes foram recebidos com certa hostilidade por parte tanto da reitoria, quanto da empresa que é responsável pelo espaço.
Após meses de reivindicações estudantis, a reitoria anunciou que iria revisar o contrato e algum tempo depois o RU voltou a oferecer a refeição de noite, no entanto, a qualidade desta refeição não era nem comparável ao almoço oferecido. Ao invés de uma refeição que levasse em conta os compromissos nutricionais que está descrito nas mídias do espaço, a empresa responsável oferecia uma sopa que mais parecia ser feita dos restos que sobravam do almoço. Sopa esta que nem permaneceu por muito tempo, pois há algumas semanas atrás, o RU novamente a retirou do cardápio, deixando os discentes do turno da noite mais uma vez sem o que comer.
Desta vez, a empresa alegou um déficit na demanda, afirmando que havia uma média de 35 sopas por noite, o que ainda é surpreendente dada a qualidade da refeição oferecida por eles.
Após meses de luta, os estudantes ainda estão pedindo o mínimo: uma janta de qualidade no espaço do restaurante universitário, que tenha a devida atenção à qualidade e as necessidades nutricionais dos alunos.
Como se não bastasse, a Reitoria junto a empresa que administra o restaurante colocou uma catraca no R.U com o objetivo de impedir que os estudantes se alimentem mais de uma vez e barrar que estudantes de fora da UEPA se alimentem na instituição.
Ayry Tupinambá - Coordenador geral do Centro Acadêmico de Geografia (CAGEO) e militante do Movimento Correnteza
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