A Lei de Cotas está sob ameaça no Congresso Nacional. São diversos projetos de lei que visam sua revogação, encabeçados por deputados fascistas que querem destruir o avanço que tivemos no ingresso de jovens negros, indígenas e pobres nas universidades.
A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE indica que o percentual de pessoas negras entre 18 e 24 anos que estavam nas universidades federais em 2004 era de 16,7%. Dez anos depois, os números saltaram para 71,4%, o que mostra a efetividade das políticas de cotas raciais no combate ao racismo e por uma universidade de fato popular!
No entanto, ainda precisamos avançar muito para conscientizar a sociedade e punir o racismo. É flagrante o aumento do número de pessoas cometendo fraude nas cotas. Por sua vez, muitas universidades ainda estão atrasadas nesse debate e não possuem formas de impedir esses crimes.
O Correnteza esteve na campanha pela implementação das comissões de heteroidentificação em diversas universidades, como UFRGS e UFRJ. A UNE precisa construir uma Campanha Nacional Contra as Fraudes nas Cotas e apresentar uma proposta de modelo de comissão para as universidades, construída com os estudantes e o movimento negro.
Lutamos para que nossas universidades reforcem a importância da luta antirracista na sociedade, ampliando a política de cotas na graduação e na pós-graduação, fortalecendo os programas de inclusão e permanência e conhecendo a história do nosso povo, para que possamos pôr fim a essa sociedade de lógica escravocrata que tem como objetivo manter a ordem de dominação e exploração.
Com esta concepção, o Correnteza convida todos os estudantes negros e indígenas a assumirem seu histórico papel na linha de frente da luta por uma sociedade sem racismo, junto com a gente!
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